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O papel do bibliotecário frente ao universo das Fake News

Press Release As fake news, como conhecemos, são notícias que, apesar de apresentarem características que podem passar por verdadeiras, trazem dados falsos ou manipulados, buscando favorecer determinado grupo (político, econômico ou social). As fake news (notícias falsas) têm tido grande destaque atualmente, quer seja nos noticiários, investigações científicas ou nas correntes, imagens, que circulam nas redes sociais. Elas são aquelas notícias que não apresentam compromisso com a verdade, pelo contrário, visam manipular e confundir seus leitores. Leite e Matos (2017) comparam esse compartilhamento a uma epidemia zumbi, em que: “O comportamento de consumir e disseminar desinformação sem saber é, assim, considerado em analogia com uma epidemia zumbi — figura folclórica da cultura pop mundial.” Apesar de ter características próprias, alguns autores as associam aos termos disinformation (desinformação) e misinformation (mis-informação). A primeira é aquela informação que tem a intenção deliberada de ser compartilhada mesmo sendo incorreta. É aquela falsa informação propagada na intenção de ferir o receptor, por meio da informação compartilhada pelo provedor (TUDJMAN; MIKELIC, 2003). Já a mis-informação é aquela cujo emissor passa a mensagem sem saber se é real ou não. Independente da nomenclatura, essas informações são manipuladas, e visam sempre causar confusão, atrito, destruição política. As “pessoas repassam fake news não pela veracidade, mas porque reforçam suas convicções”, e as redes sociais, além da democratização do acesso, formaram “uma massa de ignorantes manipuláveis (que) está sendo influenciada por fake news” (BARBOSA, 2019, p. 7). Foi justamente nas redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram, Whatsapp, principalmente nesta última, especificamente nos grupos de família, onde a movimentação de notícias mentirosas circularam mais. Podemos dizer que vivemos a chamada Era da Pós-Verdade, onde dados e ciência parecem ter sido deixados de lado, e as pessoas escolhem acreditar naquelas notícias que dialogam com elas. Castilho (2016) classifica esse momento com a verdade dos fatos não sendo prioritária, nem para os meios de comunicação, nem para a sociedade. A informatização, sobretudo nas redes sociais, permitiu que essas informações circulassem de uma maneira rápida, e da mesma forma, suas consequências também são sentidas de imediato. Exemplo disso, são duas situações, as eleições norte-americanas de 2016 e as eleições brasileiras de 2018, onde ambos os candidatos de seus respectivos países foram eleitos, baseados nessas falsas informações. No caso do Brasil a situação foi tão grave que a presidente da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), designada para acompanhar o processo eleitoral no país, aponta que o Brasil se destacou ao se utilizar de informações manipuladas ou falsas para alavancar candidaturas. “É um fenômeno tão novo e tão recente, é a primeira vez que em uma democracia estamos observando o uso do Whatsapp para difundir maciçamente notícias falsas, como no caso do Brasil” (JUBÉ; CHINCHILA, 2018). Apesar de toda polêmica que esse fenômeno vem causando, é possível ver que grupos têm formulado estratégias de combate às fake news. Vemos a criação de agências de checagem (fact checking), que revelam se a notícia, informação, é falsa ou verdadeira, além de pesquisas nas mais diversas áreas de estudo, como a Comunicação e a própria Ciência da Informação. Na nossa pesquisa, foi por meio do levantamento em bases de dados e da revisão de literatura que encontramos as principais informações e inquietações que envolvem esse tema, principalmente para a área da Ciência da Informação. A informação, pode ser usada como uma arma, positiva ou negativa. Às vezes, uma palavra usada em determinada parte de uma notícia, muda seu contexto. A pesquisa explorou principalmente como os bibliotecários se inserem nesse contexto e como podem auxiliar seus usuários a buscarem, verificarem e compartilharem informações apuradas. Sem a tal verificação, há uma ruptura no ciclo informacional e esse ciclo só é completo “quando a informação é convertida em conhecimento, capaz de promover desenvolvimento e de ser comunicada, gerando assim novos estoques de informação e retroalimentando o ciclo” (DUARTE, 2009). A pesquisa sobre fake news ainda é recente, e o assunto ainda precisa ser mais aprofundado. Foi com esse intuito que se iniciou esta investigação sobre como essas notícias vêm sendo tratadas por quem tem como objeto de estudo a informação. O trabalho de conclusão de curso da graduação em Biblioteconomia se desdobrou no relato publicado na Revista Conhecimento em Ação, e está atualmente em desenvolvimento no mestrado, no Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da Informação da Universidade Federal Fluminense (PPGCI/UFF).   Para ler o artigo na íntegra, acesse: ARAUJO, L. O. L C.; VOGEL, M. J. M. Bibliotecários e Fake News: análise de publicações nacionais. Revista Conhecimento em Ação, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 5-24, jan./jun. 2021. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rca/article/view/33684. Acesso em: 07 jul. 2021. DOI: https://doi.org/10.47681/rca.v6i1.33684@pt


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As fake news (notícias falsas) têm tido grande destaque atualmente, quer seja nos noticiários, investigações científicas ou nas correntes, imagens, que circulam nas redes sociais. Elas são aquelas notícias que não apresentam compromisso com a verdade, pelo contrário, visam manipular e confundir seus leitores. Leite e Matos (2017) comparam esse compartilhamento a uma epidemia zumbi, em que: “O comportamento de consumir e disseminar desinformação sem saber é, assim, considerado em analogia com uma epidemia zumbi — figura folclórica da cultura pop mundial.”
Apesar de ter características próprias, alguns autores as associam aos termos disinformation (desinformação) e misinformation (mis-informação). A primeira é aquela informação que tem a intenção deliberada de ser compartilhada mesmo sendo incorreta. É aquela falsa informação propagada na intenção de ferir o receptor, por meio da informação compartilhada pelo provedor (TUDJMAN; MIKELIC, 2003). Já a mis-informação é aquela cujo emissor passa a mensagem sem saber se é real ou não. Independente da nomenclatura, essas informações são manipuladas, e visam sempre causar confusão, atrito, destruição política.
As “pessoas repassam fake news não pela veracidade, mas porque reforçam suas convicções”, e as redes sociais, além da democratização do acesso, formaram “uma massa de ignorantes manipuláveis (que) está sendo influenciada por fake news” (BARBOSA, 2019, p. 7). Foi justamente nas redes sociais como Facebook, Twitter, Instagram, Whatsapp, principalmente nesta última, especificamente nos grupos de família, onde a movimentação de notícias mentirosas circularam mais.
Podemos dizer que vivemos a chamada Era da Pós-Verdade, onde dados e ciência parecem ter sido deixados de lado, e as pessoas escolhem acreditar naquelas notícias que dialogam com elas. Castilho (2016) classifica esse momento com a verdade dos fatos não sendo prioritária, nem para os meios de comunicação, nem para a sociedade. A informatização, sobretudo nas redes sociais, permitiu que essas informações circulassem de uma maneira rápida, e da mesma forma, suas consequências também são sentidas de imediato.
Exemplo disso, são duas situações, as eleições norte-americanas de 2016 e as eleições brasileiras de 2018, onde ambos os candidatos de seus respectivos países foram eleitos, baseados nessas falsas informações.
No caso do Brasil a situação foi tão grave que a presidente da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), designada para acompanhar o processo eleitoral no país, aponta que o Brasil se destacou ao se utilizar de informações manipuladas ou falsas para alavancar candidaturas. “É um fenômeno tão novo e tão recente, é a primeira vez que em uma democracia estamos observando o uso do Whatsapp para difundir maciçamente notícias falsas, como no caso do Brasil” (JUBÉ; CHINCHILA, 2018).
Apesar de toda polêmica que esse fenômeno vem causando, é possível ver que grupos têm formulado estratégias de combate às fake news. Vemos a criação de agências de checagem (fact checking), que revelam se a notícia, informação, é falsa ou verdadeira, além de pesquisas nas mais diversas áreas de estudo, como a Comunicação e a própria Ciência da Informação.
Na nossa pesquisa, foi por meio do levantamento em bases de dados e da revisão de literatura que encontramos as principais informações e inquietações que envolvem esse tema, principalmente para a área da Ciência da Informação.
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Sem a tal verificação, há uma ruptura no ciclo informacional e esse ciclo só é completo “quando a informação é convertida em conhecimento, capaz de promover desenvolvimento e de ser comunicada, gerando assim novos estoques de informação e retroalimentando o ciclo” (DUARTE, 2009).
A pesquisa sobre fake news ainda é recente, e o assunto ainda precisa ser mais aprofundado. Foi com esse intuito que se iniciou esta investigação sobre como essas notícias vêm sendo tratadas por quem tem como objeto de estudo a informação. O trabalho de conclusão de curso da graduação em Biblioteconomia se desdobrou no relato publicado na Revista Conhecimento em Ação, e está atualmente em desenvolvimento no mestrado, no Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência da Informação da Universidade Federal Fluminense (PPGCI/UFF).
 
Para ler o artigo na íntegra, acesse:




ARAUJO, L. O. L C.; VOGEL, M. J. M. Bibliotecários e Fake News: análise de publicações nacionais. Revista Conhecimento em Ação, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 5-24, jan./jun. 2021. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rca/article/view/33684. Acesso em: 07 jul. 2021. DOI: https://doi.org/10.47681/rca.v6i1.33684] => 0
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