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Esta dissertação visa a analisar a fertilidade da noção “qualidade da informação” enquanto conceito que instrua a pesquisa e a prática da ciência da informação. Embora a qualidade se constitua num tema importante nesse campo de estudo vários autores alegam inexistir discussão teórica suficiente sobre o assunto. Esta investigação analisa abordagens sobre qualidade da informação na literatura, utilizando como referencial conceitual elementos teóricos extraídos de autores das ciências humanas, em especial dos textos A filosofia do não de Gaston Bachelard e Conseqüências da modernidade de Anthony Giddens. A análise permite concluir que, do ponto de vista epistemológico, a noção de qualidade da informação, tal como é definida, é uma noção vaga, imprecisa, assumindo a característica de um conceitoobstáculo. As definições sobre “qualidade da informação” partem, em geral, de atributos tais como, ‘precisão’, ‘significado no tempo’, ‘credibilidade’, ‘atualidade’, ‘validade’, ‘relevância’, ‘valor de uso’, ‘valor percebido’ e outros. Cada autor elege determinado espectro deles para sua definição. A passagem por outras noções aproximadas, tais como ‘relevância’, ‘autoridade cognitiva’, ‘eficácia’ e ‘impacto’ mostra que elas não avançam em relação ao conteúdo simbólico da ‘qualidade’, de maneira a permitir uma efetiva avaliação da informação. A análise revela também que o conteúdo significativo predominante nas várias abordagens de ‘qualidade’ - ou noções correlatas - está composto pelas idéias de ‘excelência’ e ‘usuário’. Essas duas idéias são escrutinadas do ponto de vista das ciências sociais, revelando-se que, à luz da teoria escolhida, a idéia de qualidade como excelência constitui-se em elemento intrínseco (ou pressuposto) de sistemas ou produtos de informação, como de qualquer sistema perito, conforme descreve Giddens. Sendo assim, a idéia de qualidade não adquire autonomia significativa para se transformar em conceito científico. Por sua vez, ao se concretizar o usuário na sociedade, este surge como um sujeito socializado na confiança em sistemas técnicos e anônimos (sistemas peritos), que na modernidade substituem, cada vez mais, as tradicionais relações sociais face a face. A investigação prossegue, buscando novos elementos de reforço às conclusões preliminares sobre a fragilidade da noção ‘qualidade da informação’. Conclui-se que a solidariedade com o paradigma empirista-positivista compromete a noção com a filosofia do senso comum e com uma certa cultura da qualidade originada do ambiente de administração de empresas, e esvazia seu conteúdo simbólico de qualquer metafísica. Discute-se ainda a utilização pouco rigorosa do conceito ‘valor de uso’ da informação. Ao final, conclui-se definitivamente que a ‘qualidade da informação’ - ou noções correlatas analisadas - deva ser recusada enquanto conceito científico. Em seguida, a investigação perscruta textos de autores da ciência da informação e das ciências humanas - em particular, sociologia e economia política - na procura de sugestões para a abordagem da avaliação da informação. Propõe-se que a agenda de pesquisa e prática da ciência da informação incorpore questões afinadas com problemas sociais, tais como, acesso à informação de estratos sociais “pobres” em informação, a relação entre informação e democracia e a inclusão de idéias com teores filosófico-éticos na avaliação da informação. Propõe-se enfim, que a ciência da informação assuma a característica de uma disciplina da modernidade e que o cientista da informação desempenhe o real papel de hermeneuta da informação.
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